Ano: 1996
Diretor: Danny Boyle
Gênero: Crime e Drama
Escolha viver. Escola um emprego. Escolha uma carreira, uma família. Escolha uma televisão enorme, escolha uma maquina de lavar, CD players e abridores de latas elétricos. Escolha saúde, colesterol baixo e plano dentário. Escolha uma hipoteca a juros baixos. Escolha sua primeira casa. Escolha seus amigos. Escolha roupas de esporte e malas combinando. Escolha um terno em uma variedade de tecidos. Escolha fazer consertos em casa e pensar na vida domingo de manhã. Escolha sentar-se no sofá e ficar vendo game shows chatos na TV comendo porcarias. Escolha apodrecer no final, beber num bar que envergonha os filhos egoístas que pôs no mundo para substitui-lo. Escolha o seu futuro. Escolha viver.
Mas por que eu iria querer isso?
Escolhi não viver. Escolhi outra coisa. E os motivos... Não há motivos. Quem precisa de motivos quando se tem heroína?
Mark Renton nos é apresentado como o protagonista entre um grupo de amigos viciados em heroína que vivem de modo perigoso, ousado e com muito humor negro. Todavia, cansado dessa suposta mesmice, Renton toma uma decisão: acabar com o próprio vício.
Era minha ultima dose. Mas vamos ser claros, existe a última e as últimas. Qual seria esta?
Ah, ele não imaginou o quão difícil seria. Afinal, sabemos, que o meio é o principal fator de influencia na vida das pessoas. Com Renton, tendo amigos tão drogados quanto ele, não foi diferente. Infelizmente.
Quando lançado, em 1996, o filme foi atacado pela mídia. Ah, essa mídia... O motivo? Disseram estes inocentes seres que o filme passava uma imagem boa de usar drogas. Boa? Por favor! Conversa para boi dormir. Os personagens, de fato, se divertem com suas peripécias ao lado da droga, contudo, logo é visto que esta vida não é a melhor a ser seguida. Trainspotting é um filme para amar ou odiar, tudo depende de seu modo de raciocinar (e se você odiar, convenhamos, com certeza raciocinou mal). filme é guiado de um modo de tragicomédia, um pouco disso, um pouco daquilo, assim formando um verdadeiro masterpiece.
Sou a pessoa mais chata do mundo para filmes, sinceramente, mas este conseguiu ganhar um lugarzinho especial. Não pela estória e personagens carismáticos, não, mas por conter uma moral que poucos viram.
Escolhi viver, disse Renton no final.
(E, convenhamos, que moço bonito de sotaque apreciável!).
Resenha por: Yasmim Mahmud Kader
Quantos corações mereceu:





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